domingo, 11 de março de 2012

A FRANÇA NÃO É UM PAÍS
SÉRIO

(INVERTENDO DE GAULLE)




Para comprovar o título, em tela, detalharei por itens a matéria, no entanto o estilo informal, quase lógico, deverá prevalecer; também introduzirei um sonho quase real no qual mantive um dialogo com Charles De Gaulle; o velho general:

I) DOS INTELECTUAIS:

 1) Os maiores intelectuais franceses não são franceses ou furtaram as ideias de pensadores de outras nações, ou ainda, nasceram na terra gálica, mas exerceram sua intelectualidade em outro país:


a) Claude Lévis-Strauss - o maior antropólogo do solo normando, construtor do estruturalismo era belga.

b) Albert Camus - um dos grandes escritores franceses existencialistas era argelino;

c) Jean-Jaques Rousseau - filósofo, escritor, um dos pilares intelectuais da revolução francesa, um dos fundadores da esquerda: soberania do povo, vontade geral - nasceu em Genebra;

d) René Descartes - o mais ilustre metafísico, filósofo, matemático; apesar de nascer na terrinha de asterix, sua obra principal foi gerada num quarto com calefação fora da frança; para elaborar todos os seus escritos teve que perambular pela alemanha, holanda, bélgica; morrendo longe de casa nas mãos da rainha estóica Cristina da Suécia;

e) Os existencialistas capitaneados por Jean-Paul Sartre foram até a Alemanha surrupiar Edmund Hurssel e principalmente Martin  Heidegger;

f) Louis Althusser - filósofo e ideólogo marxista que resgatou o sentido econômico-social, original de Marx, espanando o sentido metafísico e psicológico que os gauleses queriam dar, não poderia ser de origem francesa, era argelino;

g) Os novos filósofos como Bernard-Henri Lévy, que era argelino; também  Alain Geismar e correlatos oriundos de maio-68, conseguiram a proeza de se movimentar da extrema esquerda ao conservadorismo-liberal, foram atraídos como mariposas para a luz da sociedade espetáculo, midiática, para a boa vida dos capitalistas e suas benesses; aderiram ao maniqueísmo do bem e do mal, também pudera, estavam domiciliados na pátria da metafísica, da inviabilidade prática das ideias; dizem, que se ouvia nas ruas de paris: - "Estes novo filósofos dão náuseas, a frança perdeu sua alma, sua ocupação é ganhar dinheiro";


h) Beny Levi um dos mais radicais do movimento de maio-68, maoista, usando o pseudônimo de Pierre-victor, judeu de origem egípcia, aproximou-se de Sartre, cego e doente, para dar sustentabilidade ao seu cambio ideológico - Mao substituído por moisés; o existencialista ateu, Sartre, que tentou dar uma versão humanista para o marxismo é cooptado para o talmudismo; não podemos esquecer que Pierre-Victor era intermediário do grupo Baader-Mainhof, grupo de extrema esquerda de luta armada; vejam o que permite a terra do galo, trocar Marx pela bíblia;


II) DA POLÍTICA

Os dois principais movimentos políticos-ideológicos-comportamentais normandos - só aconteceram pela interferência direta dos estrangeiros:

1) A revolução francesa se realizou devido ao exemplo americano: - a guerra da independência, sua constituição democrática, seu ideal de liberdade expresso na carta magna; apesar da ideia de república, democracia, separação dos poderes, uma sociedade sem privilégios mais justa - fervilhar nas cabeças metafisicas francesas, contestadoras, antes da independência norte-americana -  faltou-lhes o essencial: - passar da potência para o ato;





2) Maio de 1968 - o movimento político-estudantil-esquerdista-comportamental mais importante do século vinte, que iria influenciar como um tsunami a cultura ocidental, era liderado por um alemão, Dany Conh-Bendit; porém o mais incrível era o que aconteceu alguns alguns anos após, ou seja, a movimentação de maio-68 esquerdista radical e seus corolários maoista - causa do povo, movimentos sindicais, estudantes radicais - iriam desembocar  nos novos filósofos, um movimento burguês-liberal que negou todas as reivindicações de outrora; aliás nem nisto foram originais ou lideres, mais uma vez copiaram a matriz da prática-econômica americana e seu personagem principal: O Yuppie;











A CATARSE DE:  DE GAULLE

(UM SONHO)


Um fato-sonho incrível aconteceu; o general De Gaulle como um fenômeno inexplicável, como uma holografia do velho se impôs diante de mim; a seguir, vou narrar o acontecimento singular: 





Estavamos numa avenida poluida de porto alegre, sentados junto a um banco para traseuntes, De Gaulle principiou  o dialogo abaixo, no qual desabafa com o estado de coisas em frança e simpaticamente pede desculpas aos brasileiros, invertendo a sua famosa frase "o brasil não é um país serio" para "a frança não é um país serio", segue a tradução:


- Meu caro brésilien;

- Sou todo ouvidos, meu velho general;

-Lutei, relutei, mas não pude mais contestar os fatos, vejamos, a gália hodierna é governada por um pigmeu magiar, um hussardo casado com uma cantora italiana; está certo, já tivemos Napoleão Bonaparte, um anao de origem italiana conduzindo um dos principais processos políticos em frança; também tivemos Mazarino primeiro-ministro, cardeal, diplomata hábil e mestre do rei-sol, igualmen te um italiano; porém uma primeira-dama italiana corneando  o presidente francês de origem húngara, sendo manchete dos tabloides sensacionalistas ingleses, dos insulares de cabeça de batata; desculpe a expressão - YA BEAUCOUP DE MERDE;

-Por favor general, sinta-se a vontade;

-Meu caro brésilien, está certo já tivemos um Pétain, temos os Le Pen, mas pelos menos são franceses da gema; porém, hoje, a ironia da história nos brinda com este pigmeu hussardo com suas leis anti-imigrantes e como não bastasse, em vez de manter a tradição de considerar como inimigos os tedescos, os insulares cabeças de batata; não, escolheu os muçulmanos;

- Meu velho general, que um lencinho para as lágrimas?

-Não é necessário meu caro brésilien, foi só uma particula em suspensão que aderiu ao meu olho;

-Continua minha atenção,  general;

- Veja, meu caro brésilien, o ministro da educação do corno hussardo, tem como principal meta a proibição do uso da burka, uma série de medidas contra a cultura mulçumana; mas nao podemos nos decepcionar, pois o mesmo é oriundo dos novos filosofos;

- Tem certeza meu general que não quer um lencinho?

- Vou aceitar, meu caro brésilein, este cisco é persistente, insiste em fazer meus olhos derramarem líquidos de defesa;

- Continue, general;




- Que saudades quando os burgueses direitistas mandavam prender Sartre e eu respondia: "Voltaire não se pode prender"; tempos difíceis, mas não vou mais te incomodar com minhas lamurias, vou voltar para a minha lápide e genefluxar virado em direção do Brasil e mandarei, para me redimir e expiar, gravar  em meu epitafio a frase que dá o titulo do livro do austriaco-judeu, Stefan Zweig, que viveu em seu país, em letras garrafais: BRASIL,  PAÍS DO FUTURO...