domingo, 24 de janeiro de 2016

A bastilha da bossa nova de fato e de direito foi derrubada pela legião revolucionária do FUNK.


A bastilha da bossa nova de fato e de direito foi derrubada pela legião revolucionária do FUNK.

 

Leblon, 17.07.2013 - Rio de Janeiro, Brazil. A bastilha da bossa nova de fato e de direito foi derrubada pela legião revolucionária do FUNK. A Rede Globo News perdeu o rumo depois que  passou a ser vaiada pelos movimentos sociais e pelo povo nas ruas. A narrativa leblon-copacana foi posta em xeque. A favela não precisou descer ao asfalto, pois lá está a vida que a classe media-bossanova inveja. O preconceito enjaula esta verdade.  Outrora, a mídia global e classe-media-bossa-nova suportaram a ditadura-militar-empresarial. Os desfavorecidos foram empurrados aos rincões mais distantes, para não atrapalhar a estética arquitetônica de Oscar Niemeyer  e a sonoridade "limpa" bossanoviana. O General Golbery deu o tom do que se aproximava - Depois da sistole é hora da diástole.  


A diástole foi apropriada pelo estamento branquelo-mediano-urbano, que mais uma vez barrou o andar de baixo. A classe média no divã, confessou que tinha dupla inveja. Os bens da classe A. A alegria da Favela. O novo terapeuta do poder foi bem claro. A alegria  não terão, pois isto é um estado de espirito que a inveja não permite. Já o desejo por iates, ferraris & Miami é um tônico para ascender ao nosso clube fechado, porém para poucos. Os medianos-bossanovianos mais uma vez entraram em crise existencial. Teriam que se conformar com automóveis padrão setenta mil reais, viagens a disneyland-CVCViagens, rivotril 2mg ou 5mg e quem sabe uma esticadinha até NYC. Pátria, propriedade, família e evangelho começaram a replicar nos lábios de dentes marfinizados-aparelhados da media-classe. Novamente o vermelho-"comunista" arrepia os insanos intolerantes. Antanhos, bradavam que o Brazil não ia ser Cuba. Agora acrescentaram a Venezuela e bolivarismo. A grande mídia retoma Lacerda-Cunha-Tribuna-Globo e os mares de lama-corrupção - Não sem antes alimentar a inflação e a crise econômica, que é mundial, mas foi estatizada pela PIG. O martelar da propaganda modelo Goebbels da big imprensa tenta desestabilizar. A historia se repete graças a microcefalia por metáfora do cidadão médio-obtuso.  O refrão dos fascistas-golpistas-conservadores é suicídio, renuncia, extinção e golpe. Tudo que for diferente da identidade Tory-Tupiniquim deve ser deletado. Assim andamos respirando dióxido de carbono e enxofre. Por osmose o ódio insano das corporações midiáticas, representantes dos bossanovianos e elites, que vai contaminando a sociedade. Pena de morte, exército na rua, encarceramento do desfavorecido e criminalização do menor estão no projeto de sociedade dos aspirantes ao golpe... 



sábado, 16 de janeiro de 2016

O Amor Fati É a Solução para o Pseudo Livre-Arbítrio


O Amor Fati É a Solução 
Para o Pseudo Livre-Arbítrio 


Karl Popper disse que quanto mais uma teoria é testada mais perto está do seu fim. O ser humano quanto mais vive mais perto está de sua extinção. Assim como a humanidade e suas respectivas civilizações. Uma nevoa imanente aos neurônios, como uma manta de carbono, trará a extinção de vidas complexas no planeta. O pensamento humano há muito deixou de ser claro, funcional a longo prazo, mas isto é a triste historia que o universo reservou para o bípede implume. O caminho para destruição é irreversível. O livre arbítrio é uma invenção antropológica para justificar o mito religioso de Eva e Adão. A maçã foi saboreada. A culpabilidade é a consequência que gerou as propaladas justiças - humana e divina. Nietzsche em suas enfurnadas etimológicas descobriu que os pré-socráticos sabiam da fatalidade humana. O Amor Fati significa que o homem não possui influência alguma em seu destino. É a aceitação integral da existência por mais cruel que seja. As quatro forças (interação gravitacional, interação eletromagnética, interação forte e a interação fraca) que movem o universo no espaço-tempo, estão impregnadas na matéria, podemos dizer que matéria e energia são dois lados da mesma moeda.


A partir de Sócrates o conhecimento humano começou a ser deturpado.  O homem começou a ser dividido. Platão criou dois mundos o da ideia e mundo dos objetos. E com isso a humanidade caminha em todas suas manifestações. O espirito e o corpo. Deus e a natureza. Verdade e mentira. Matéria e energia. Descarte se esforçou para dar uma explicação racional da dicotomia do corpo e da alma. Localizou o ponto de contato, de comunicação, ou seja, a glândula pineal. Espinosa expulso (chérem) da sinagoga por rabinos furiosos, anteviu o que a ciência há pouco tempo descobriu. O filosofo de Amsterdam  afirmou que deus era a natureza (Deus Sive Natura). Atualizando, A energia está imanente na matéria. Deleuze uniu, deu vida, aos simulacros de Platão, mas a humanidade não absorveu Espinosa nem Gilles Deleuze. A humanidade está com seu cérebro comprometido. A configuração neuronal está coberta por um manto de ignorância, onde abriga superstições, deuses, filosofias de opressão, intolerância. Mesmo com todo este "progresso" tecnológico que promete colocar o homem em paraísos espalhados pelo cosmos, não será suficiente para evitar a extinção do bípede implume. Seria contraditório - agora - colocar a culpa no córtex.  Não. Pelo Contrário. Digo que o homem tem o livre arbítrio para modificar o passado, em sua memoria, em suas páginas que narram o que já aconteceu... E assim como o Teorema do Macaco Infinito afirma que um macaco digitando aleatoriamente em um teclado por um intervalo de tempo infinito irá certamente criar um texto escolhido, como por exemplo a obra completa de William Shakespeare; também, um homem digitando teclas, por um tempo infinito, irá prever seu futuro..,


 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Jardim Metafísico ou Paraíso Gelatinoso....



Jardim Metafísico 



Miríades de insetos se transformavam em criaturas estranhas.  No jardim metafísico não existia o não existir. O impossível era possível. Plantas verdejantes se embaraçavam nos neurônios gerando venetas impalpáveis das garras da realidade. Todo fim de tarde as chávenas alucinógenas nos levavam a um mundo exótico, cheio de orientalidade antiga, com perfumes lânguidos e luxúrias ímpares. A paisagem mística era cúmplice de pensamentos exatos. A viagem empreendida tinha sabor de gelatina-paraíso. Nada no exterior nos abalava, pois no vácuo do jardim podíamos criar  o inexistente e até mesmo o vácuo. Era uma especie de pensamento selvagem de Alexius Meinong. Os objetos inexistentes que se acumulavam nas nossas configurações neuronais - podiam existir no universo do jardim metafisico. Era tempo de bonança. Nossos figados eram semi-virgens, desconheciam as pesadas viagens que nossas naus teriam que atravessar....



As possibilidades nos levavam a sonhar. As impossibilidades construíam o substrato para sonhar. O jardim metafísico prometia a eternidade no éter dos pensamentos. Movíamos entre zeros espaciais. Comíamos luz. Bebíamos moléculas transfiguradas. Viajávamos pelo universo dentro de um neutrino. Tínhamos conceitos, teorias, axiomas que não precisavam de verificações. Tudo era construído pelo invisível palpável. Mergulhávamos nos numerais abstratos hindus dentro de uma sopa de "lógica-intuitiva", que revelava seres-sem-ser-sendo. Um arco-iris gelatinoso dava sabor ao córtex-coletivo que permitia as qualidades se transformarem em sujeito que subjugava os substantivos concretos. Hoje os sonhos estão perdidos, a realidade impregnou nossos corpos concretos, somos mecanismos sólidos de perversividade que se desmancham no ar poluído de pesadelos....