segunda-feira, 30 de março de 2015

Maxikoan - Max | i | Koan | Transitoriedade | Gnose-Matemática




Maxikoan - Maxi | i | Koan | Transitoriedade | Gnose-Matemática




Levantei com uma bola de fogo na língua fluida. Acordei de um sonho utópico. A humanidade acreditava que a tecnologia ou a religião iria salvá-la. O meu cérebro combalido pelo álcool tentava concertar  a desarmonia vinculada no meu córtex. A conciliação procurada pelo pensamento semi-bêbado não era a salvação, mas a destruição de toda a humanidade. Não que fosse desejo ou sofresse a influência de seres sulfúricos,  mas pela leis da ultra-ciência que somente o meu ser domina. Em alguns diálogos que cometi no escasso ambiente de relações que tecia, sempre era questionado porque não expunha a secreta sabedoria que provava que a humanidade tinha os seus dias contados:

- Não adianta... Vocês não vão entender... Não digo isto por pernosticidadeporém por convicção meta-científica...



Meta-científica, well, não é esta a palavra específica, mas sim Maxikoan. Esta palavra  veio à "mente" como um eco interminável. Estava mergulhando nas águas do pacifico e como o malho no ferro Maxikoan repercutia no córtex. Subi até a superfície ensolarada da califórnia e respirei.  Tive a sensação de ter passado milhares de anos luzes. O pensamento nunca mais seria conforme a realidade que entrava pelos sentidos. Todo o mecanismo-quântico do universo esta sob domínio da caixa craniana, porém quando tento explanar não sou compreendido. As sucessões de pensamentos formavam uma rede inexpugnável de gnose-matemática.  No cérebro a teoria das cordas serviam de material que embasava os fundamentos teóricos,  mas apenas do mundo visível, sendo que a matéria e energia escura era abrangida pelo Maxikoan. Apesar de formar uma palavra, Maxikoan, etimologicamente, vem da composição:

Max - É a redução do vocábulo máximo, que significa supremo, sumo.

i - Vem do número imaginário, que no caso significa indeterminação, não existência no sentido dos sentidos humanos.

Koan - É uma narrativa, diálogo, questão ou afirmação no budismo zen que contém aspectos que são inacessíveis à razão.

Finalizando, provisoriamente, Maxikoan é a indeterminação que gera fundamentos que implicarão na confecção de teorias  em forma de rede.  Poderíamos dizer  que Maxikoan é um retrato do infinito e da indeterminação do universo e sua geração de configurações mutáveis. Ressaltando que a transitoriedade é o fulcro desta ultra-ciência. Panta Rei...







quarta-feira, 25 de março de 2015

Maxikoan - Pensamento Zipado Ou A Complexidade Da Teoria Do Nada....


Pensamento Zipado
Ou 
A Complexidade Da Teoria Do Nada....




Todos homens, bípedes e racionais, necessitam de um arrimo. Talvez um livro sagrado, uma cruz, um simbolo sobrenatural ou uma filosofia; até mesmo, visões divinas misturadas num cadinho cientifico (física quântica). Parmênides trocava toda sua fortuna por uma pequena tabua em que pudesse flutuar no oceano de incertezas. O meu mundo é diferente. Não preciso de rolex, conta bancaria ou qualquer modo que transforme o ser em ter, nem qualquer ilusão para existir, nem  mesmo um GPS:

- Não preciso da alienação no objeto para ser e existir. Alienação alienígena ou o ser imanente no objeto. Não uso aplicativo para orientar ou gerenciar algum procedimento.

Sempre admirei a convicção de Empédocles, que acreditava ser imortal. Quando cumprimentava seus contemporâneos, fazia assim:

- "Saudações! Eu sou entre vós um Deus imortal, não mais um mortal”.

O filósofo grego acreditava tanto em sua eternidade, que para prová-la, se atirou da borda da cratera do Etna - nas profundidades do abismo. 



Meus pés rasgados pelo destino. A pré-determinação assassina de todo o livre-arbítrio. Ando de acordo com a causa e efeito - ou leis que regem o universo. Tanto um como outro, não temos alcance de conhecer ou influenciá-los. Kant nos ensinou a absorver a crítica e que é impossível conhecermos a coisa-em-si. Todo dia levanto no meu ateísmo destrutivo. Engulo uma chávena de água-ardente. O aparelho estomacal é estimulado. As falanges logo em seguida  começam apertar teclas que imprimem palavras na tela. Após outra chávena o pensamento move-se mais rapidamente e confuso. Não acredito em alguém que escreva corretamente, conforme as leis da sintaxe, da ortografia & semântica.  Não necessariamente, mas provavelmente, é alguém que aceitou o olhar do senhor. O consumo da casa grande já não pode mais ser sustentado. As amarras invisíveis precisam ser rompidas. Um mundo novo pode ser diferente, mas para isso precisamos acreditar no ser humano. De minha parte estou cansando, cético, destilo ácido e nas veias correm líquidos radioativos. Não acredito em promessas, mas anuncio dias terríveis - sou uma espécie de oráculo do pessimismo. Os pássaros de mau agouro sobrevoam meu córtex. Os deuses estão mortos, mas mesmo antes de Nietzsche colocar na sua filosofia, eles já haviam abandonado minha ascendência. Estou sempre pensando que dor terrível vai consumir minha existência. Em que Cáucaso os abutres vão consumir meu figado etílico, exposto no corpo acorrentado na montanha mais solitária.  A minha repugnância afasta os seres indesejados, sou quase um misantropo. Para ser preciso vencer o instinto de auto-conservação. Não sei aonde chegarei com minha verborreia e solidez solitária, meu mau-humor, minha dieta Etílica-Vegan. Só tenho orgulho dos meu ferimentos causados pelas bebedeiras... Enfim, talvez, o fim seria melhor, mas estou enfadado com adjetivos...





  

terça-feira, 3 de março de 2015

Leibniz–Newton calculus controversy - Binaridade & A Tartaruga de Aquiles....




Binaridade & A Tartaruga de Aquiles....






O existencialismo de Sartre, baseado na liberdade, em que o homem  pode fazer de si algo melhor do que a sociedade fez - é similar ao pecado original do cristianismo.   Ele coloca a responsabilidade do destino nas mãos do homem. Na realidade, o homem não tem sentido, nem sentimento, pelo menos no que tange ao meu "ser" - estamos presos a massa, a matéria escura e a energias que habitam o universo. A cada frase construo teorias. Elas são vazias, sem verificação, ajudam a levar o cotidiano desfavorável a uma utopia que só existe na geração em que os neurônios produzem o epifenômeno. O livre-arbítrio só pode estar  na configuração neuronal. É uma liberdade vigiada pelas impressões que entram nos sentidos e transformam a tabula rasa de Locke, criando todas ilusões como o absoluto, a verdade e seus contrários. O sonho também é uma liberdade controlada, caso contrário, não teríamos pesadelos fora do estado vígil. Neste momento preencho uma folha em branco virtual, ou seja, a página virgem do blog. Existimos numa teia que abriga Berkeley, Humes e Popper, ou seja, só existe o que percebemos, se o sol nasceu hoje no lago dos cisnes brancos, não quer dizer que amanhã o sol nascerá - e se nascer é provável que um cisne negro desfile sua graça no lago dos cisnes brancos. Popper é um Humes mais "evoluído", um dos principais filósofos do século vinte. Foi um austríaco que colocou o circulo de Viena em xeque. Com efeito, Popper expulsou a verdade absoluta do positivismo lógico, que estava oculta, apesar do circulo de Viena negar a existência em sua ciência positivista-lógica. Os orgulhosos filósofos e cientistas do circulo vienense e agregados acordaram do sonho do absoluto, que é o princípio, o fundamento de teologias e metafísicas. A história do pensamento humano não consegue sair da dualidade, do binarismo. Heráclito de Éfeso há dois mil e quinhentos anos já travava esta batalha contra Parmênides de Eléia, que acreditava no absoluto, no eterno e afirmava “Toda a mutação é ilusória”. O filosofo do Éfeso afirmava tudo está em perpétua mutação, Panta Rei. Alguns dizem que ele foi o pai da dialéctica, que ao chegar em Hegel foi incluído  o terceiro termo para unir a tese e a antítese, ou seja, o terceiro fator: - a síntese. Com efeito, o terceiro fator é apenas a nova fase de uma nova dialéctica binária, ou seja, a Tese. A humanidade está presa no ser e não-ser, na verdade e falsidade, no zero e no um do sistema binário da computação. Somos escravos do eterno fluir na nossa transitoriedade, enquanto nos divertimos com o absoluto indeterminado ou com finito do infinito. Sabemos que Aquiles nunca vencerá a tartaruga na infinita divisão matemática, mas ela será ultrapassada com um simples passo de Aquiles no mundo "real" dos sentidos. 
"Es gibt keine fakten nur interpretationen." - Nietzsche