segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Tour nos Círculos do Inferno de Dante ou Infinitas Alcoolemias...




Tour nos Círculos do Inferno de Dante
ou 
Infinitas Alcoolemias...









Não temos mais laços coerentes na existência. Vamos executando as regras do cotidiano. Perdemos o interesse da causa e  efeito. Terra arrasada, Tabula Rasa. Que nos perdoem os religiosos, os moralistas e os lógicos. Os anarquistas se afastam. Os fantasmas se amedrontam ao se aproximarem. Data Vênia, ao mais alto tribunal dos homens ou do suposto deus. Sou "criminoso" e "pecador", respectivamente, ou vice-versa. Seus desígnios, suas leis nos são indiferentes. A superficialidade é um convite ás ideologias totalitárias. Amamos os riscos, os perigos, os abismos. O homem não tem mais posições, apenas provisionalidades cotidianas. Estamos inermes para as artimanhas das sub partículas das sub partículas. Digerimos zeros absolutos e transinfinitos . O alvo das nossas moléculas contínuas são as geleiras da patagônia. Disponibilidades essenciais se transformam em irrestritas possibilidades pré-determinadas.








Narrativas - Suicidal Tendencies. Tocamos o lábio da morte em infinitas alcoolemias. Fazemos tour nos círculos do inferno de dante. Saudades dos tempos em que o bípede implume de Platão habitava as florestas sem culpa, sem deuses e moral.  Toda emoção codificada, criptografada no pântano das relações humanas. Consciência ou matéria e energia versus matéria e energia que é igual ao fluxo do pensamento. Diálogos interiores  impulsionam a uma lógica material. Não reconhecemos nem um modelo de sociedade suportável. Somos uma floresta de linhas imaginarias com sangue e clorofila. Somos o infinito flutuando no nada da existência. O sistema de existência está no zero absoluto, sua energia é igual a matéria do nada. O profundo infinito das abstrações alcoólicas nos leva a uma anti-existência.