Tour nos Círculos do Inferno de Dante
ou
Infinitas Alcoolemias...
Não temos mais laços coerentes na existência. Vamos executando as regras do cotidiano. Perdemos o interesse da causa e efeito. Terra arrasada, Tabula Rasa. Que nos perdoem os religiosos, os moralistas e os lógicos. Os anarquistas se afastam. Os fantasmas se amedrontam ao se aproximarem. Data Vênia, ao mais alto tribunal dos homens ou do suposto deus. Sou "criminoso" e "pecador", respectivamente, ou vice-versa. Seus desígnios, suas leis nos são indiferentes. A superficialidade é um convite ás ideologias totalitárias. Amamos os riscos, os perigos, os abismos. O homem não tem mais posições, apenas provisionalidades cotidianas. Estamos inermes para as artimanhas das sub partículas das sub partículas. Digerimos zeros absolutos e transinfinitos . O alvo das nossas moléculas contínuas são as geleiras da patagônia. Disponibilidades essenciais se transformam em irrestritas possibilidades pré-determinadas.
Narrativas - Suicidal Tendencies. Tocamos o lábio da morte em infinitas alcoolemias. Fazemos tour nos círculos do inferno de dante. Saudades dos tempos em que o bípede implume de Platão habitava as florestas sem culpa, sem deuses e moral. Toda emoção codificada, criptografada no pântano das relações humanas. Consciência ou matéria e energia versus matéria e energia que é igual ao fluxo do pensamento. Diálogos interiores impulsionam a uma lógica material. Não reconhecemos nem um modelo de sociedade suportável. Somos uma floresta de linhas imaginarias com sangue e clorofila. Somos o infinito flutuando no nada da existência. O sistema de existência está no zero absoluto, sua energia é igual a matéria do nada. O profundo infinito das abstrações alcoólicas nos leva a uma anti-existência.