quarta-feira, 24 de maio de 2017

Arqueólogo do Futuro Escavando o Neo-Córtex da Humanidade.... A palavra constrói & destrói...





Dentro de um médio prazo tudo terá se extinguido... Uma nova combinação entre sub-partículas  e forças que regem a física nos suprirão a consciência. Voltaremos a eterna brincadeira do que não dominamos. O vazio combina com o vácuo. A energia viaja em ondas. Ora matéria. Ora frequência. As teorias se desmancharão no infinito plural & singular. A palavra constrói & destrói. A única eternidade é o presente. O Choque de subpartículas nos tuneis do CERN.  Os átomos são os deuses em suas combinações.  Se os animais pudessem representar deuses: - Seriam a sua imagem e semelhança...




Qual a complexidade do cérebro suicida? O que os kamikazes colocavam como recompensa em sua missão auto-mortal? O que o homem bomba prestes a explodir pensa? O que um suicida comum tem no seu córtex? - Nada mais de que o paraíso está logo ali, ou seja, feromônios - que que estimulam o prazer... Mas, se for um ateu? - Apenas descobriu o sentido da vida, ou seja, a morte, a nulidade do zero, mas sua importância para concretizar o nada... Não temos mais privacidade, estamos num mundo virtual... Ao aderirmos estamos condenados... A existência complexa nos reduz a importância do niilismo. Estou saindo para uma aventura sem volta.... O figado já sente o projeto. O tempo-espaço flui na matéria-onda. Somos enganados pelos os elétrons bombardeando os objetos. O Álcool em super excesso me afasta dos humanos. Acho positivo não pertencer a "raça" terráquea. A destruidora do seu próprio lar. Dentro da salvação humana. Uma consciência pode ter o infinito poder. A cruz, o pecado original e a todas fragilidades humanas: - Um só bípede implume sacrificado, pode ser o expiatório  para o alívio geral...



 


quarta-feira, 17 de maio de 2017

0¹ - אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה - A noite foi ruim. Madrugada à la Bukowski. & A eternidade de Rimbaud...









A noite foi ruim. Madrugada à la Bukowski. Álcool, Náuseas e vômitos. Seria a hora de minha libertação da luz ofuscante. A doce paz da escuridão teria chegado? - Não... Meus átomos ainda percorrerão um longo caminho até o big crunch chegar. Como Empédocles fui: "rapaz, depois rapariga, árvore e ave, peixe mudo do mar". & no futuro serei alface, flor, semente no universo pré-determinado. Nada se salvará. Tudo será extremamente denso dentro do nada - Isto é - Superior a  de Rimbaud: "A eternidade é o sol e o mar".  O sol, o mar, o homem, o caracol & os neutrinos desaparecerão dentro desta singularidade extrema. 




O mundo que habito não existe relatos de religião, fé, dogmas, axiomas e princípios. Estou a procura do que não existe, ou seja, postulados, pontos de partida - Mas sou presente -  Estou sempre chegando na partida, ou seja, Sou o que sou. A  questão existencialista é porque existe o ser e não existe o nada?  (Martin Heidegger). Ainda bem - que não sou pomba para regurgitar minhas opiniões. Atualmente - Estou perto do polo sul, que me liberta  do medíocre. A real liberdade vem com a suspensão de premissas. O frio polar causa o homem função. O calor o deixa lânguido. Os adjetivos são ilusões humanas. O substantivo o suporte do nada.... Nada salvará o tempo-espaço e matéria...



quinta-feira, 4 de maio de 2017

A menina das horas infindáveis, das perguntas infinitas - proferidas da sarjeta: - Que horas são?






A menina das horas infindáveis, das perguntas infinitas - proferidas da sarjeta:


- Que horas são senhor?



Sua voz meliflua carregava uma estridente "verdade". Paradoxos. Quem ouvia. Sentia uma pressão enorme na "consciência". O doce e o amargo. A Estética agridoce:



- Que venha a morte. Que o espaço se curve ao infinito. Que minhas palavras se perpetuem como ondas e matérias. Que black holes me engulam. Que chegue o Big Crunch. Gostaria de falar de amor - Se ele existisse...


Mistura de física e sagacidade de alma. O sol tépido, o ar de enxofre e carbono - Eram deletado pelas árvores. Estava por uma bola sete. O preconceito era maior que a simplicidade expressa em sua pergunta:

- Que horas são Senhor, Senhora? 

E a sarjeta gordurosa e cloacal suportavam seus pensamentos baseados na imaginação de um mundo diferente, não melhor, somente diferente... Não lipídicos, apenas doentes-saudáveis... Com pensamentos não comprometidos com a realidade pré-determinada. O universo digital não suporta a ilusão analógica. Prefere o virtual manipulável ao mundo irreal  da "realidade"... 

- Que horas são?

E da sarjeta refinava toda sua ironia. & homens e mulheres passavam mudos. Inoperantes humanos... E a vida se preservava num limite em que os bípedes implumes pueris  - Desconheciam. Não temos estilos do Status Quo... A "verdade" nos chama de esgoto não tratado.... Enquanto bebemos o sangue do universo... 

- Sinhô, Sinhá... Que horas São?

E, assim, a garota das horas infindáveis passava o dia & a noite. Rolhas, tampas metálicas e plásticas espocavam outra realidade, um estado ideal fora do cotidiano.

- O mal é o que sai da boca. O que entra é a salvação. Temos limites... Alguém compreende? 

E a dança de dionísio continuava pelos séculos desde o oriente. A menina das horas infindáveis descendia dos ditirambos selvagens e grunhidos. O Mundo visto da sarjeta era caótico, perigoso e inesperado.

- Que horas são Senhor?

- Não pretendo ver minhas moléculas se desintegrarem sem uma utopia. As sarjetas que separam os homens. Que classificam as classes sociais. São minha casa, minha quimera, minha demência saudável.

- Que  horas são Senhora?

E os infinitos se sucediam. A garota das perguntas infindáveis era eterna na marginalidade  das Américas perdidas da Beat Generation, do sol  Hemigway  - The Sun Also Rises.  Os sinos não dobram mais pelos inocentes. A garota beijou a sarjeta sem saber que horas eram...