quinta-feira, 9 de abril de 2015

Niilismo Para Consumo Ou O Nada Elevado Ao Quadrado....




Niilismo Para Consumo 

Ou 

O Nada Elevado Ao Quadrado....







Na posse de uma botelha de vinho húngaro, uma garrafa de guaraná e gelo a vontade, iniciei o ritual de sacrifício-etílico-escrevinhador. Tomorrow, certamente, não levantarei antes do meio-dia, como fazia o metódico Renan Descartes. Já posso sentir a corrosão no estomago, causado pelo ácido acetilsalicílico, mas a dor no cérebro vai passar. Contudo, subtraindo, somando, equacionando tenho mais vantagens neste processo de escrita, quase sacro, que iniciei há muito tempo. As propriedades  cabíveis para existência são rabiscadas no papel incólume, que consegui junto a lata de lixo de uma gráfica resistente a Steve Jobs e fiel a Gutemberg.   O efeito do álcool é primordial para a tarefa de espalhar letras no papiro moderno. Neste kairos, momento, as correntes sanguíneas carregam toda a toxicidade necessária. Na realidade, o organismo é perturbado. Na dinâmica do espaço-tempo, quadrimensional, os homens oram, se lamuriam do sofrimento incrustado em suas psiques  carregadas de metafisicas, religiões, crenças & ciências. Os deuses não se manifestam, os seus representantes terráqueos exorcizam minha saliva venosa e ateia que contamina o rebanho. O cientista vai ao laboratório  sacrificar suas cobaias, expor a teoria da ratazana, mas precisa acreditar no axioma que flutua no oceano de incertezas de Parmênides. O teólogo elabora seus dogmas baseados, fundamentados na imensa solidão etérea. Meus pés fincados no planeta a caminho da destruição, suportam o alcoolismo niilista que cresce dia a dia nos pântanos do pensamento. Os procedimentos do cientista, do teólogo e do niilismo imanente no meu ser tem um mesmo objetivo. Todos tentam sobreviver pelos sentidos o sem sentido do animal homem. Todos precisam de uma bengala para se apoiarem na breve existência, que no fundo sabemos não ter nada de especial, pelo contrário, logo adiante seremos diluídos no rio de Heráclito, onde nossas  molécula se misturarão em outra configuração no eterno retorno de Nietzsche. Estaremos nos meios das fezes que possuem o mesmo material constituinte do humano, que vibram nas teorias das cordas e se movem pelas mesmas energias. 


   




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