Re-Voltaire Contra a Intolerância ou o Crepúsculo da Humanidade....
A mente anarquista com barba de Karl Marx resiste as filosofias plásticas transmitidas pelos canais digitais. Ninguém vai tutelar a rebeldia ou edulcorar a utopia. A radicalidade das posições é a base da existência. A filosofia é filha dos grunhidos do primata, que matava suas desavenças com um atirar de pedras nos crânios opostos a sua conservação. Não existimos fora da linha-limite entre o corpo e o universo. Estamos preparados para mudar de configuração e transmutar em outro conceito. Os sonhos do sistema condenam. As perspectivas da realidade levam ao cadafalso do poder que engole todas as diferenças. Vivemos uma época que o ser perdeu a essência revolucionária. Houve uma transfusão com o objeto. O ser adquiriu as características do objeto pós-revolução industrial. A coisa incorporou as qualidades e os valores do ser. Existimos numa ontologia perversa, a onde a linguagem só encontra sentido nos fluxos cibernéticos, que fluem nos cabos ou ondas entre máquinas ou nos códigos digitais estranhos para a maioria da humanidade.
RE-VOLTAIRE
"François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês. Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio" - Wikepedia
Re-Voltaire. Uma tentativa de tolerância neste mundo castrador de diferenças. A vida que conhecemos são ensamblamentos de diferenças. Disputas de forças opostas. Desequilíbrio de energias. Re-Voltaire contra a intolerância da homogeneidade. Antes do big-bang não existia diferença entre matéria, espaço-tempo e forças. Quando o universo tiver uma temperatura de zero grau kelvin, também não existirão diferenças. Nem no período anterior ao big-bang, nem o universo a zero grau kelvin (zero absoluto), existiu e existirá vida. O caminho da humanidade é abertura de um feixe cada vez maior de discrepâncias. O contrário será seu crepúsculo. Re-Voltaire contra a perda de privacidade. Contra a pasteurização da cultura. Contra o fundamentalismo. O humano precisa aprofundar suas diferenças num oceano de tolerâncias.
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