segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Diário de Um Niilista ou o Deus Nada-Infinito




Mergulhado nos fins dos tempos - Nietzsche - escreveu: "O sono é irmão da morte, um sinal de esgotamento". 



Meu corpo clama, implora doses de barbitúricos regado com álcool. O sono me persegue, vivo cansado, lânguido. Persigo  a anulação de qualquer forma de pensamento mais profundo. Nunca foquei em nada, mas hoje, por mais contraditório, estou focado no nada. No nada que fica nas entrelinhas do Ser de Aristóteles e Martin Heidegger. Tudo para potencializar meu niilismo que me cristaliza indevidamente na existência. Quem cunhou a melhor frase do século XX foi Heisenberg que enunciou o Princípio da Incerteza, justamente um matemático e físico teórico.    O nada é o principio das infinitas possibilidades, inclusive nenhuma, mas como vivemos nos tempos dos transfinitos, mesmo nenhuma, tem suas infinitas possibilidades...


Muitos temem em seu corpo a bala, a faca, a foice, a picada de uma tarântula; mas isto é justamente a  existência se encontrando com o objeto. O objeto e a existência que todos se apegam, se agarram para esquecer o nada futuro, mas o nada é o infinito de possibilidades. Existem dois tipos de nada. O nada representado pela equação: 1 segundo dividido pelo Número de Graham antes do Big-Bang:

Tempo = 1 Segundo
Número de Grahan



O Segundo nada é a singularidade dentro do buraco negro, pois não teríamos mais como saber alguma coisa de um objeto ou de um cosmonauta ou mesmo a luz quando ultrapassar o horizonte de eventos da infinita densidade.



Quando focamos no nada o tempo se dilata, nisto Einstein tem razão, pois para focar no nada o pensamento deve estar a velocidade da luz, ou seja: 299 792 458 m / s. A velocidade da luz é como toda a espitemológia, como todo conhecimento humano - resumindo - um antropomorfismo que se extinguirá quando chegar o nada do último homem no universo. E quando acabará o universo? E deus? E os Santos? E a Salvação? E o Paraíso? - Bem, isto está dentro do nada. Não do nada do antropomorfismo. É inútil querer entender o nada que transcende o nada humano, pois lá está a coisa-em-si, ou simplesmente o nada infinito....
Muitos me acusarão de querer criar uma nova religião do deus chamado nada-infinito. Estão enganados, a essência do meu deus é o próprio nada e em nada ninguém tem fé. Bem poderão dizer é uma filosofia, uma ciência ou um apócrifo manuscrito do velho testamento, novamente se enganam, pois o nada é indefinível. O melhor conselho que posso dar sobre o nada é aproveitem o nada. Comam o nada. Mastiguem o nada. Bebam o nada. Injetem o nada nas veias espirituais do deus nada-infinito ou do deus de suas crenças. Pensem o nada, pois o nada não pensa em você....







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