segunda-feira, 22 de junho de 2015

Διώνυσος - John Nash, Nietzsche & Fuga Ensimesmo - Amor Fati




John Nash, Nietzsche & Fuga Ensimesmo  Amor Fati




John Nash um matemático, que apesar da sua genialidade, não ganhou o prêmio nobel, pois profissionais de matemática estão impedidos de receber a distinção por motivo passional.

- Passional?

- Sim, Passional. Porque um matemático chamado Mittag-Leffler teve um caso amoroso com a esposa de Alfred Nobel e este, por vingança, não destinou seu prêmio a ciência Matemática. 



Jonh sofria de esquizofrenia. Conforme os estudos psiquiátricos existe uma lógica perfeita dentro do delírio na maioria das pessoas que são afetadas por esta "doença", só que esta lógica não corresponde a realidade. Parece não ser o caso de Nash, pois sua lógica matemática, oriunda de sua paranóia, serviu para resolver, explicar muitos problemas reais, que foram reconhecidos pela nata da ciência mundial. Um dos pesadelos que que afligiam Jonh Nash, eram seres virtuais, espectros do passado, como agentes da CIA e FBI, que o inquiriam diariamente. O córtex do matemático, cansado das perseguições elaborou um artificio para acabar com a loucura. Simplesmente resolveu não responder aos agentes secretos que o perseguiam e o inquiriam. Só responderia aos seres que seus sentidos percebessem, ou seja, homens de carne e osso.




Nietzsche iludido pelo entusiasmo dionísico, pela embriagues do filho de Zagreu, pela adoração ao Olimpo, morada dos deuses que aprovavam todos os atos que emanassem do apetite humano, usou a ferramenta de Thor para acabar com a metafísica de Hegel. O filosofo de Rockem destruiu toda a racionalidade do século XIX a marteladas. Com isso, corrói toda moral-metafísica. A consequência esperada era que o homem se livraria das amarras de dominação do invisível Dever Ser de Kant e mergulharia nos grilhões do destino e sua aceitação. O Amor Fati de Nietzsche é a consagração da vida, da matéria, das forças que movem o universo, sem lamuria, sem o vale de lagrimas cristão e sem a ilusão de que o homem tem a liberdade de construir o porvir. O mundo é contraditório, precisamos do nada para imaginar o tudo.



A racionalidade fragmentada cobrou seu preço. A paixão primitiva por uma mulher desmanchou o sonho -  que o homem deve aceitar o destino, por mais cruel que seja. Salomé desconstruiu a filosofia nietzschiana. A tragedia da rejeição fez o filólogo elaborar uma metafísica da loucura, do intangível sofrer misturado com a tragédia dos pré-socráticos. Nietzsche pós-decepção amorosa, assinava suas cartas com nomes como de Jesus Cristo, Dionísio, Bismarck. O destino seria pior. O Eterno Retorno condenava o filosofo ao mito de tântalo.... A psicologia trágica aditivada a rejeição amorosa - acelerou a deterioração de sua mente, pelo menos para os que cercavam, pois a configuração de seus neurônios tinha se tornado inacessível. Apoplético, solitário e ensimesmado no ninho de penas materno e bulido pelas escamas de sua irmã - o ovo da serpente - Nietzsche passou os últimos dez anos de sua vida. 




A moral, a ética e a religião afirmam, a maioria dos pensadores, ser um santo remédio para o coletivo, mas um terrível veneno para a existência individual. Quando estas nos seus primórdios serviam a comunidade, sem propriedade, era uma equação que satisfazia todos os elementos. Ao levantar o primeiro muro, ao estocar alimentos com intuito de troca, de escambo, o homem bom de Rousseau deu lugar ao lobo do homem de Hobbes. De agora em diante o deus, o juiz e o sacerdote controlariam o homem comum, o sujeito as leis de deus, dos homens. O estado repressor ampararia os donos da verdade, ou seja, o poder econômico. Reuniria os micros poderes de Foucault, as leis humanas e as leis divinas para julgar e punir. A vigilância de deus não é mais necessária, pois vivemos tempos de Orwell, de NSA, de vigilância digital. Talvez, a única saída seja ensimesmar, como fizeram John Nash em sua esquizofrenia ou como Nietzsche na sua decepção amorosa amparada pela tragédia grega...





Nenhum comentário:

Postar um comentário