quinta-feira, 23 de março de 2017

Quantas Ilusões, quantas filosofias & ciências edulcorantes... Sursis Sartre..







Vamos perquirir os caminhos que nosso antigo companheiro de viagem percorreu. Qual objetivo?

- Precisamos encontrar uma saída para o dilema humano...


Certamente, não está no talmudismo, nas ideologias que viajam nas nuvens, nos regimes que esparramam sangue na terra... Nos últimos anos de existência de Jean Paul Sartre, praticamente, foi abduzido por Pierre-Victor, um hebreu nascido no Egito. A França Fervilhava. Vivíamos Maio de 1968. Daniel Cohn-Bendit  jogava todo seu sarcasmo na face dos velhos costumes. Os  paralelepípedos serviam de arma e alma para os rebeldes. O Ancião General De Gaulle foi até até a ilha dos cérebros de amido. Confabulou com o status quo europeu. A falta de solidez do movimento comportamental e político da "esquerda francesa" dilui o protagonismo revolucionário em moeda capitalista. Sabemos o que surgiu depois, invertendo a façanha revolucionária: - Os horríveis  Nouveaux Philosophes. Perseguição aos muçulmanos, a cultura deve se auto-sustentar, enquanto as transnacionais usufruem do subsídio do estado... O socialismo chegou com Hollande, ou seja, o esquerdismo disfarçado de neoliberal. Sartre nunca aderiu o marxismo, apesar de apoiar a União Soviética. Apenas queria se distanciar do capitalismo e da podre burguesia. Qual o erro do existencialista? 

- Jogar o homem na  autodeterminação...

- Como assim?

- Ao condenar o homem a liberdade, Sartre mordeu a maçã da serpente. Nos jogou no pecado original. 

O homem está pré-determinado pela tabela periódica, ainda incompleta, pelas quatros forças fundamentais do universo e a matéria e a força escura que mal conhecemos. O conhecimento se dobra, se curva, ultrapassa o cabo da boa esperança, mas esbarra na circularidade racional. As caravelas atingiram as antípodas, novos mundos. As naves espaciais e os supertelescópios efetivaram um poli universo aos olhos humanos. O planeta digitalizado controla as liberdades individuais do homem alienado no objeto e na virtualidade. Apesar de este hercúleo esforço "iluminista" somos um conjunto de aminoácidos pulsando, submergido no fluxo constante do rio de Heráclito - que sempre caminhou sob a gravidade. Jean-Paul Sartre construiu uma metafísica embarcada numa dócil nave, navegada pela necessidade de uma utopia para aliviar a imensa dor de uma humanidade - somente, existente nos universais - que se restringem a tragédia humana, que Nietzsche afirmava:

- O homem precisa aceitar o destino... O eterno retorno...   O que não mata fortalece... 


A Tabula Rasa do neo córtex é uma realidade. O dispositivo neuronal, iniciado nas estrelas de carbono, permitem que as forças fundamentais naveguem no cérebro. Causando uma pseudo -impressão - de determinação, livre arbítrio. Na realidade, somos cinéfilos sentados e "observando" a versão particularizada da frase de - José Ortega y Gasset: "Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela, não me salvo a mim." Ninguém está a salvo. Não Existem sistemas eternos. Todo sistema está programado à autodestruição. O Homem brinca de onipotente no seu alter-ego deus. Quantas Ilusões, quantas filosofias & ciências edulcorantes... Sursis a Sartre..




A eternidade - A velha e brônzea eternidade.  Cuspindo o fogo etéreo na Jamahiriya humana.... 


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